segunda-feira, 11 de abril de 2016

Palavra Pastoral - Pastor Daniel josé

   COMO MANTER-SE ÍNTEGRO NO MEIO DA CORRUPÇÃO









Referência: Daniel 6.1-28
(Daniel 6:1) - E PARECEU bem a Dario constituir sobre o reino cento e vinte príncipes, que estivessem sobre todo o reino;
(Daniel 6:2) - E sobre eles três presidentes, dos quais Daniel era um, aos quais estes príncipes dessem conta, para que o rei não sofresse dano.
(Daniel 6:3) - Então o mesmo Daniel sobrepujou a estes presidentes e príncipes; porque nele havia um espírito excelente; e o rei pensava constituí-lo sobre todo o reino.
(Daniel 6:4) - Então os presidentes e os príncipes procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito do reino; mas não podiam achar ocasião ou culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum erro nem culpa.
(Daniel 6:5) - Então estes homens disseram: Nunca acharemos ocasião alguma contra este Daniel, se não a acharmos contra ele na lei do seu Deus.
(Daniel 6:6) - Então estes presidentes e príncipes foram juntos ao rei, e disseram-lhe assim: Ó rei Dario, vive para sempre!
(Daniel 6:7) - Todos os presidentes do reino, os capitães e príncipes, conselheiros e governadores, concordaram em promulgar um edito real e confirmar a proibição que qualquer que, por espaço de trinta dias, fizer uma petição a qualquer deus, ou a qualquer homem, e não a ti, ó rei, seja lançado na cova dos leões.
(Daniel 6:8) - Agora, pois, ó rei, confirma a proibição, e assina o edito, para que não seja mudado, conforme a lei dos medos e dos persas, que não se pode revogar.
(Daniel 6:9) - Por esta razão o rei Dario assinou o edito e a proibição.
(Daniel 6:10) - Daniel, pois, quando soube que o edito estava assinado, entrou em sua casa (ora havia no seu quarto janelas abertas do lado de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças diante do seu Deus, como também antes costumava fazer.
(Daniel 6:11) - Então aqueles homens foram juntos, e acharam a Daniel orando e suplicando diante do seu Deus.
(Daniel 6:12) - Então se apresentaram ao rei e, a respeito do edito real, disseram-lhe: Porventura não assinaste o edito, pelo qual todo o homem que fizesse uma petição a qualquer deus, ou a qualquer homem, por espaço de trinta dias, e não a ti, ó rei, fosse lançado na cova dos leões? Respondeu o rei, dizendo: Esta palavra é certa, conforme a lei dos medos e dos persas, que não se pode revogar.
(Daniel 6:13) - Então responderam ao rei, dizendo-lhe: Daniel, que é dos filhos dos cativos de Judá, não tem feito caso de ti, ó rei, nem do edito que assinaste, antes três vezes por dia faz a sua oração.
(Daniel 6:14) - Ouvindo então o rei essas palavras, ficou muito penalizado, e a favor de Daniel propôs dentro do seu coração livrá-lo; e até ao pôr do sol trabalhou para salvá-lo.
(Daniel 6:15) - Então aqueles homens foram juntos ao rei, e disseram-lhe: Sabe, ó rei, que é lei dos medos e dos persas que nenhum edito ou decreto, que o rei estabeleça, se pode mudar.
(Daniel 6:16) - Então o rei ordenou que trouxessem a Daniel, e lançaram-no na cova dos leões. E, falando o rei, disse a Daniel: O teu Deus, a quem tu continuamente serves, ele te livrará.
(Daniel 6:17) - E foi trazida uma pedra e posta sobre a boca da cova; e o rei a selou com o seu anel e com o anel dos seus senhores, para que não se mudasse a sentença acerca de Daniel.
(Daniel 6:18) - Então o rei se dirigiu para o seu palácio, e passou a noite em jejum, e não deixou trazer à sua presença instrumentos de música; e fugiu dele o sono.
(Daniel 6:19) - Pela manhã, ao romper do dia, levantou-se o rei, e foi com pressa à cova dos leões.
(Daniel 6:20) - E, chegando-se à cova, chamou por Daniel com voz triste; e disse o rei a Daniel: Daniel, servo do Deus vivo, dar-se-ia o caso que o teu Deus, a quem tu continuamente serves, tenha podido livrar-te dos leões?
(Daniel 6:21) - Então Daniel falou ao rei: Ó rei, vive para sempre!
(Daniel 6:22) - O meu Deus enviou o seu anjo, e fechou a boca dos leões, para que não me fizessem dano, porque foi achada em mim inocência diante dele; e também contra ti, ó rei, não tenho cometido delito algum.
(Daniel 6:23) - Então o rei muito se alegrou em si mesmo, e mandou tirar a Daniel da cova. Assim foi tirado Daniel da cova, e nenhum dano se achou nele, porque crera no seu Deus.
(Daniel 6:24) - E ordenou o rei, e foram trazidos aqueles homens que tinham acusado a Daniel, e foram lançados na cova dos leões, eles, seus filhos e suas mulheres; e ainda não tinham chegado ao fundo da cova quando os leões se apoderaram deles, e lhes esmigalharam todos os ossos.
(Daniel 6:25) - Então o rei Dario escreveu a todos os povos, nações e línguas que moram em toda a terra: A paz vos seja multiplicada.
(Daniel 6:26) - Da minha parte é feito um decreto, pelo qual em todo o domínio do meu reino os homens tremam e temam perante o Deus de Daniel; porque ele é o Deus vivo e que permanece para sempre, e o seu reino não se pode destruir, e o seu domínio durará até o fim.
(Daniel 6:27) - Ele salva, livra, e opera sinais e maravilhas no céu e na terra; ele salvou e livrou Daniel do poder dos leões.
(Daniel 6:28) - Este Daniel, pois, prosperou no reinado de Dario, e no reinado de Ciro, o persa.

INTRODUÇÃO
Integridade é um substantivo feminino com origem no latim integritateque significa a qualidade ou estado do que é íntegro ou completo.

É sinônimo de honestidade, retidão, imparcialidade.
Em sentido figurado a integridade pode ser descrita como honradez, pureza ou inocência.

Pode designar uma atitude de plenitude moral, sendo a característica de uma pessoa incorruptível.

Integridade moral.
A integridade moral indica a inteireza moral e dignidade de um indivíduo.



Impeachment de Collor
Brasília (29/9/1992)

1. Empossado no dia 15 de mar
ço de 1990 após derrotar o candidato Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno das primeiras eleições presidenciais diretas após o fim da ditadura, o ex-governador alagoano Fernando Collor de Mello tornou-se o mais jovem presidente brasileiro. Seu governo, contudo, perdeu gradualmente a sustentação política e foi marcado por escândalos de corrupção, além de medidas administrativas impopulares.

2. O in
ício do governo Collor caracterizou-se por políticas radicais para conter a inflação e estabilizar a moeda. O presidente reduziu os gastos do governo, privatizou estatais e deixou de fornecer subsídios à exportação. Também realizou um confisco sobre parte das contas correntes e das poupanças que excedessem 50 mil cruzeiros, teto que, segundo a então ministra da Fazenda, Zélia de Melo, teria sido escolhido arbitrariamente durante uma festa. A medida, apesar de ter sido considerada em outros meios além dos ministérios de Collor, provocou grande descontentamento devido à arbitrariedade do teto e às posteriores denúncias de que o presidente e seu tesoureiro de campanha, PC Farias, teriam feito saques substanciais em suas contas antes do bloqueio.

 
3. Outros casos concorreram para fortalecer o clima de desconfiança em relação ao governo ainda em seus primeiros meses. Em meados de 1990, Collor foi acusado de ter contratado agências publicitárias sem licitação para trabalhar em sua campanha. Collor processou o jornal "Folha de S. Paulo" pelas denúncias, mas um inquérito civil público instaurado por um deputado petista na Procuradoria da República veio a confirmar as acusações. Mais tarde, o governo foi acusado de fraudes em compras, e o irmão de Collor, Pedro Collor, lançou denúncias contra Paulo César Farias, ex-tesoureiro da campanha de Collor, afirmando serem ilícitas suas riquezas. Seguiram acusações contra o titular da Secretaria de Assuntos Estrangeiros e o ministro do trabalho.

4. No come
ço de 1992, o governo Collor enfrentou novas crises e denúncias, que culminariam com o impedimento do presidente. No dia 30 de março, o ministério de Collor renunciou coletivamente devido às acusações de corrupção contra o governo. Em maio de 1992, Pedro Collor apresentou à revista "Veja" documentos que comprovavam a existência de sete empresas irregulares de PC Farias no exterior. Concedeu mais duas entrevistas, alegando que o presidente seria conivente com os crimes de Farias, além de ter acusado o tesoureiro de tráfico de influência.
5. A Câmara dos Deputados estabeleceu uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para averiguar as denúncias. Na mesma época, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e partidos de oposição realizaram uma manifestação chamada de “Vigília pela Ética na Política”, para pressionar os congressistas a checar devidamente os fatos e punir os envolvidos.

6. No dia 30 de junho de 1992, os jornais "Folha de S. Paulo" e "O Estado de S. Paulo" publicaram editoriais nos quais pediam a ren
úncia do presidente. No dia 28 de julho, uma reportagem da revista Isto É" trazia uma entrevista com o motorista Eriberto França, que denunciava um esquema integrado por PC Farias e a secretária de Collor, Ana Acióli.
7. O movimento estudantil realizou passeatas com manifestantes vestidos de preto e rostos pintados exigindo o impeachment do presidente. Poucos dias depois, os presidentes da Associação Brasileira de Imprensa e da OAB entregaram um pedido formal de impeachment à Câmara, que foi admitido. Collor era acusado de enriquecer com dinheiro obtido de forma ilícita por PC Farias, acusação que foi acatada pela CPI, que o considerou culpado de ter recebido cerca de 6,5 milhões de dólares no esquema.

8. O processo de impeachment foi aprovado pela C
âmara Federal, por 441 votos a favor e 38 contra, e afastou da Presidência da República Fernando Collor de Mello, em 29 de setembro.

9. Sabendo que seria afastado,Collor acabou renunciando no dia 29 de dezembro, mas o Senado prosseguiu o julgamento, afastando-o do cargo e privando-o dos direitos pol
íticos por oito anos. A decisão foi confirmada pelo STF em 1993. Collor alegou ter sido perseguido por forças políticas contrárias à modernização do país.


A IMPORTÂNCIA DO ASSUNTO

1. A Falta de integridade na política - Estamos vivendo uma crise de integridade sem precedentes no mundo. Mudam os governos, mudam os partidos, mudam as leis, mas a corrupção continua instalada em todos os segmentos da política nacional e internacional. As CPI’s destampam os esgotos nauseabundos da mais repugnante corrupção, onde transitam desavergonhadamente as ratazanas esfaimadas que mordem sem piedade o erário público. Os escândalos se multiplicam. Políticos sem escrúpulo se abastecem das riquezas da nação e deixam os pobres de estômago vazio.
Deflagrada em 17 de março de 2014 pela Polícia Federal (PF), a Operação Lava Jato investiga um esquema bilionário de desvio e lavagem de dinheiro envolvendo a Petrobras. A PF estima emR$ 19 bilhões o prejuízo na estatal. Em balanço divulgado em abril de 2015, a empresa admitiuperdas de R$ 6,2 bilhões com a corrupção no ano passado.
17 fase da operação lava jato.
Não é só na politica que existe falta de integridade.
2. A falta de integridade na família – A fidelidade conjugal está ameaçada. A multiplicação dos divórcios por motivos banais são proclamados como uma conquista. O Brasil celebra como motivo de orgulho o hospedar a maior parada guey do mundo (1,5 milhão em São Paulo).
3. A falta de integridade moral – Integridade é ser e fazer o que você disse que seria e faria. Você prometeu que seria fiel ao seu cônjuge. Você prometeu orar com os seus filhos e por eles. Você prometeu buscar em primeiro lugar o Reino de Deus. Você prometeu ser santo. Integridade na escola, no namoro, no casamento, no comércio, na vida financeira, nas palavras, nos acordos.
4. Exemplos bíblicos de integridade –
José foi íntegro ao preferir a prisão à liberdade do pecado.
Jeremias preferiu a prisão à popularidade.
João Batista foi íntegro ao preferir perder a cabeça do que perder a honra.
Há pessoas que são íntegras numa área, mas vulneráveis noutras: Davi era um homem íntegro, mas caiu nas malhas da sedução do adultério.
Geazi era leal a Eliseu, mas vendeu a sua alma por causa de dinheiro.
O caso de Judas escariotes:  Era ladrão,  mas você não vê outra àrea da sua vida em falta.
Não existe vara de medir pecado.
Intrgridade é ser completo inteiro.


I. DANIEL UM HOMEM ÍNTEGRO EM MEIO A UM MUNDO  DE CORRUPÇÃO – v. 1-6

1. A Babilônia tinha caído, um novo império tinha se levantado, mas os homens que subiram ao poder continuavam corruptos do mesmo jeito
O absolutismo do Rei no Império Babilônico mudou para a descentralização do poder no Império Medo-Persa. O regime de governo mudou, mas não o coração dos homens.
É um grande engano pensar que as coisas vão mudar para melhor em virtude das mirabolantes promessas dos políticos. Mudam-se os partidos. Mudam-se as figuras, mas o espírito, a cultura do aproveitamento é a mesma.( Precisamos orar por pessoas de Deus no Governo)
Dario estava preocupado com o problema da corrupção: Por isso constitui 120 prefeitos e 3 governadores. Constituiu fiscais do erário público. Mas aqueles que deveriam vigiar, fiscalizar, se corrompem. As riquezas caem no ralo dos desvios. A corrupção estava instalada dentro do palácio, nas rodas mais altas do governo de Dario.

2. A vida de Daniel nos mostra que é possível ser íntegro mesmo cercado por um mar de lama de corrupção
Daniel mantém-se íntegro a despeito do ambiente. O homem não é produto do meio. Daniel não vende sua consciência. Ele não negocia os seus valores absolutos. Ele não se corrompe.
A base da sua integridade é sua fidelidade a Deus. A espiritualidade de Daniel é o alicerce da sua fidelidade diante dos homens. A sua fé é a pedra de esquina da sua moralidade privada e pública.
Os amigos de Daniel apagaram as chamas do fogo pela fé. Agora, Daniel fecha a boca dos leões pela fé.

3. A vida de Daniel nos prova que um homem pode permanecer íntegro mesmo quando é vítima de uma conspiração – v. 4-5
O v. 4 nos informa que eles procuravam uma “ocasião” para acusar Daniel. Essa palavra significa aqui pretexto, um motivo. Procuraram também uma brecha na sua vida. Então, tentam pegá-lo no seu ponto forte.
As circunstâncias adversas não alteram as convicções de Daniel.
A promoção e a honra dos íntegros incomodam as pessoas invejosas. “Cruel é o furor, e impetuosa, a ira, mas quem pode resistir à inveja?” (Pr 27:4).
Porque Daniel era fiel a Deus, ele era fiel ao seu senhor. Porque era diferente dos outros líderes, foi perseguido e conspiraram contra ele para matá-lo.
Ilustração: Chico Mendes, os fiscais do Ibama foram mortos por fazer o que é certo.
Os inimigos queriam afastar Daniel do caminho deles. Mas como? Atacando a vida moral nada encontraram, então, conspiraram contra ele na sua religião.

4. A vida de Daniel nos ensina que a mesma pessoa que bajula é aquela que também maquina o mal contra os justos – v. 5-9
Sabendo que Daniel era um homem de oração, bajulam o rei Dario, elevando-o ao posto de divindade por um mês. O projeto trazia como isca a exaltação e lealdade ao rei. Mas a intenção era outra. O rei tornou-se refém de seu próprio decreto. E assim, sentenciaram de morte o homem de confiança do rei.
Além da bajulação, usaram a mentira (v. 7). Incluíram Daniel nessa jogada, quando ele era o alvo dessa trama.

5. A vida de Daniel prova que um homem pode ser íntegro tanto na adversidade como na prosperidade
Muitos fraquejam quando passam pelo teste da ADVERSIDADE. Daniel foi íntegro quando chegou na Babilônia como escravo. Ele resolveu firmente não se contaminar. Agora ele passa pelo teste da PROSPERIDADE. Foi primeiro ministro da Babilônia e agora é um governador do Reino Medo-Persa. Sua integridade é a mesma. Ele não se deixa seduzir pela fama nem pela riqueza. Ele é um homem absolutamente confiável.
A integridade nem sempre nos ajuda a granjear amigos. Gente íntegra é uma ameaça ao sistema de corrupção. Daniel incomodava a equipe de governo de Dario.
Um estudante que não cola é uma ameaça para sua classe. Um funcionário incorrupto é uma ameaça para o sistema. Uma jovem que não transige em seu namoro é vista como alguém antiquada. Um comerciante íntegro é uma ameaça para o sistema de propinas.

6. A vida de Daniel prova que integridade implica em você fazer o que é certo quando ninguém está olhando ou quando todos estão transigindo
Uma pessoa íntegra procura agradar a Deus mais do que aos homens. Ela não depende de elogios nem muda a sua rota por causa das críticas. Uma pessoa íntegra cumpre com a palavra empenhada e seu aperto de mão é melhor do que um contrato.
Daniel mantém-se íntegro apesar de haver uma debandada geral no governo de Dario. Sabia que sua integridade o tornava impopular diante dos outros líderes, mas sua consciência está cativa pelo Senhor.

7. Lições práticas sobre a questão da integridade de Daniel – v. 6-9
a) Piedade não é um impedimento para a grandeza e promoção – Daniel na Babilônia e José no Egito são notáveis exemplos dessa verdade. Erram aqueles que se corrompem para subir os degraus da fama. Deus é quem promove. Ele exalta e também humilha. Ele estabelece reis e depõe reis.
b) A importância absoluta da verdadeira religião – Seus inimigos não encontraram nenhum falta no caráter de Daniel. Ele era fiel, corajoso, piedoso. Seu alvo era agradar a Deus mais do que aos homens.
c) A profundeza da depravação humana – Eles odeiam Daniel não porque ele pratica o mal, mas porque ele pratica o bem. Eles bajulam e se tornam hipócritas para alcançar o fim que desejavam, a morte de Daniel. Eles agem na surdina. Eles maquinam nos bastidores. Eles tramam na escuridão.
d) Quando você se torna mais fiel, você pode ser ainda mais perseguido – As trevas aborrecem a luz. Os que andam na verdade perturbam os que vivem no engano. O íntegro é uma ameaça aos corruptos.

II. DANIEL UM HOMEM QUE PREFERE A MORTE A NEGOCIAR SUA INTEGRIDADE – V. 10-17

1. Daniel não muda sua agenda de integridade ao saber que estava sentenciado à morte
Daniel foi perseguido não por ser corrupto, mas por ser íntegro. Tramaram contra ele para afastá-lo do poder. Os íntegros incomodam.
Dario caiu na armadilha da bajulação e tornou-se refém de suas próprias leis. E seu homem de maior confiança, Daniel, foi sentenciado à cova dos leões por causa de sua irretocável integridade.
Daniel não foge, não negocia, mas continua orando ao Senhor como costumava fazer (v. 10).
(Daniel 6:10) - Daniel, pois, quando soube que o edito estava assinado, entrou em sua casa (ora havia no seu quarto janelas abertas do lado de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças diante do seu Deus, como também antes costumava fazer.

As circunstâncias mudaram, mas não Daniel. Aprendeu a ser íntegro na mocidade. E jamais mudou a sua rota. Mesmo como ancião, prefere a morte a negociar com sua consciência.

2. A verdadeira cova dos leões de Daniel foi o seu quarto
O quarto de Daniel foi o seu Getsêmani. Ali certamente foi tentado. Sabia que poderia ser destroçado pelos leões para não perder o seu testemunho. O diabo prefere que preservemos nossas vidas e percamos nosso testemunho.
Certamente ele deve ter sido tentado a negociar ao se ajoelhar para orar: “Por que não facilitar as coisas? Veja sua posição de privilégios que goza. Pense na influência que continuará exercendo, se transigir só nesse ponto. Assegure seu futuro. Não ore a Deus em público só durante este mês. Ore secretamente em seu coração, se quiser, mas por que fazê-lo como sempre fez? Certamente você será notado e perderá tudo, inclusive a vida”.
Daniel foi denunciado. Preso. Jogado na cova dos leões. Sua integridade não o livrará da inveja, da fúria, da astúcia e da perseguição dos corruptos.
Mas Deus estará com você lhe sustentando no seu quarto de oração, e fechando a boca dos leões.
Mesmo que você morra por causa da sua integridade, você ainda é bem-aventurado, porque são felizes aqueles que sofrem por causa da justiça!

3. Daniel enfrenta a conspiração de seus inimigos não com armas carnais, mas com oração – v. 10-11
Dario assina uma sentença irrevogável. A lei é maior do que o rei. Dario caiu na arapuca da lei e da ordem. Não havia motivo para acusar Daniel, então arranjaram um. Ao fim, os culpados seriam inocentes e Daniel seria morto pelas mãos do próprio rei, um inocente.
O destino de Daniel está lavrado. Sua sentença de morte foi assinada.
Como Daniel enfrenta uma situação humanamente irreversível? Ele ora. Como ele ora? Do mesmo jeito que sempre orara. Não muda a postura, nem o lugar, nem o conteúdo da oração.
a) Sua oração é constante – Daniel tinha o hábito de orar. Ele não suspende sua prática de oração quando foi informada que as circunstâncias eram desfavoráveis a ele. As circunstâncias mudaram, mas Deus não.
b) Sua oração é regular – Daniel ora três vezes ao dia (Sl 55:17).
Ele não se esconde nem diminuiu seu ritmo de oração. Se não agendarmos nossa vida de oração, não vamos orar. Tudo aquilo que é importante para nós, vai para a nossa agenda.
c) Sua oração é confiante – “Ele orava com a janela aberta para as bandas de Jerusalém”. Ele acreditava na promessa de 1 Reis 8:46-49,
I Reis 8:46-49
46 - Quando pecarem contra ti (pois não há homem que não peque), e tu te indignares contra eles, e os entregares às mãos do inimigo, de modo que os levem em cativeiro para a terra inimiga, quer longe ou perto esteja,
47 - E na terra aonde forem levados em cativeiro caírem em si, e se converterem, e na terra do seu cativeiro te suplicarem, dizendo: Pecamos, e perversamente procedemos, e cometemos iniqüidade,
48 - E se converterem a ti com todo o seu coração e com toda a sua alma, na terra de seus inimigos que os levarem em cativeiro, e orarem a ti para o lado da sua terra que deste a seus pais, para esta cidade que elegeste, e para esta casa que edifiquei ao teu nome;
49 - Ouve então nos céus, assento da tua habitação, a sua oração e a sua súplica, e faze-lhes justiça.

quando o templo foi consagrado. Ele ora com fé. Ele sabe que Deus pode intervir. Ele já tinha experiências com Deus.
d) Sua oração é corajosa – Ele abre a janela como costumava fazer. Ele não se preocupa em fechar a janela. Ele sabe que é Deus quem nos livra. Dele vem o nosso socorro.
e) Sua oração é cheia de gratidão – Daniel está sentenciado de morte, mas agradece a Deus em sua oração.
f) Sua oração é cheia de intensidade – Daniel não apenas orou e deu graças, ele também fez súplicas. Ele pôs toda a intensidade da sua alma no seu clamor a Deus. Súplica é oração com forte grau de intensidade.

4. Daniel, um homem poupado não dos problemas, mas nos problemas – v. 11-17
a) A descoberta (v.11) – Os orquestradores contra Daniel encontram-no orando. Era tudo que eles precisavam para levar adiante o plano de matá-lo.
b) A informação (v. 12-15) – A informação está cheia de veneno:
1) Acentua o preconceito, falando de Daniel como um exilado depois de 70 anos de integridade de Daniel como o homens mais importante do governo.
2) Acrescentam um fato falso, que Daniel não fazia caso do rei.
3) Ressalta que tanto Daniel como o rei haviam sido vítimas de uma trama.
c) A execução (v. 16,17) – Essa era a forma mais cruel de sentença de morte no reino Medo-Persa. Babilônia matava numa fornalha. O Reino Medo-Persa na cova dos leões.
d) O livramento (v. 18-23) - Você não pode evitar que os homens maus tramem contra você, mas você pode orar e Deus pode frustrar o propósito dos ímpios.

Os perversos não contavam com a intervenção de Deus, com o livramento do anjo do Senhor. Daniel faz questão de ressaltar que era inocente diante de Deus e do rei.

III. DANIEL UM HOMEM QUE É HONRADO POR DEUS POR CAUSA DA SUA INTEGRIDADE – V. 18-28

1. Quando cuidamos da nossa integridade, Deus cuida das nossas causas
Daniel não podia administrar a orquestração dos seus inimigos, nem fazer o rei retroceder, nem mesmo se recusar a ir para a cova dos leões.

Ele não podia tapar a boca dos leões. Mas ele podia manter-se íntegro. Ele podia orar. Ele podia colocar sua confiança em Deus. Isso ele fez.

Cabe a nós manter-nos fiéis. Cabe a nós velar pelo nosso testemunho. Cabe a nós honrar a Deus com a nossa vida.

Cabe ao Senhor nos livrar das garras do inimigo.
Daniel creu em Deus e o anjo fechou a boca dos leões. Daniel creu em Deus e o Senhor defendeu a sua reputação.

2. Quando cuidamos da nossa integridade, Deus defende a nossa causa contra os nossos inimigos – (Daniel 6:24) - E ordenou o rei, e foram trazidos aqueles homens que tinham acusado a Daniel, e foram lançados na cova dos leões, eles, seus filhos e suas mulheres; e ainda não tinham chegado ao fundo da cova quando os leões se apoderaram deles, e lhes esmigalharam todos os ossos.

Daniel saiu da cova dos leões. A maldição dos seus inimigos caiu sobre a cabeça deles (v. 24). Daniel foi exaltado e honrado, enquanto seus inimigos foram desmascarados e destruídos.

3. Quando cuidamos da nossa integridade, Deus nos exalta – v. 28
(Daniel 6:28) - Este Daniel, pois, prosperou no reinado de Dario, e no reinado de Ciro, o persa.

Daniel viu a Babilônia cair. Daniel foi promovido no reino de Dario e também no reino do seu sucessor Ciro, o persa.
Deus honra aqueles que o honram. Deus é quem exalta e quem também humilha.

4. Quando cuidamos da nossa integridade o nome de Deus é exaltado – v. 26-27
(Daniel 6:26) - Da minha parte é feito um decreto, pelo qual em todo o domínio do meu reino os homens tremam e temam perante o Deus de Daniel; porque ele é o Deus vivo e que permanece para sempre, e o seu reino não se pode destruir, e o seu domínio durará até o fim.
(Daniel 6:27) - Ele salva, livra, e opera sinais e maravilhas no céu e na terra; ele salvou e livrou Daniel do poder dos leões.

Mais do que Daniel, o nome de Deus é que foi proclamado e exaltado em todo o império Medo-Persa (v. 26-27). O fim último da nossa vida é glorificarmos a Deus.
Devemos viver de tal maneira que os homens vejam as nossas boas obras e glorifiquem ao nosso Pai que está nos céus.
Dario exalta a Deus dizendo:
1) Ele é o Deus vivo;
2) Ele é o Deus eterno que vive para sempre;
3) Seu reino jamais será destruído;
4) O domínio de Deus jamais terá fim;
5) Ele é o Deus que livra, salva e faz maravilhas;

6) Ele é o Deus que livrou Daniel.

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